“PORTUGAL EM BOAS MÃOS”!!!

Quem não se lembra da magnifica campanha eleitoral levada acabo pelo PS, com slogan “Portugal em boas mãos”?

Nessa altura terão, muitos de nós, acreditado no esplendor da “rosa” que alguns anteviam já murcha e despida das suas naturais e singelas pétalas.

Efectivamente, essa rosa veio a revelar-se num aglomerado de espinhos que atingem o povo que depositou no PS a esperança daquilo que eles já mais poderiam ser - os governantes de que o pais precisa.

Que boas mãos serão aquelas que se assumem como o garante da esperança de um povo, para depois, o defraudar e o condenar ao sacrifício de uma incompetência inexplicável e de uma desgovernação desmedida?

Que boas mãos são aquelas que, no total desrespeito pelos mais elementares anseios dos cidadãos, enquanto um todo socialmente organizado, lhes têm que confiar o seu futuro?

Essas são as mãos que criaram o Ministério da Igualdade que, até hoje, ainda ninguém descobriu para que serve, aliás, como já tivemos a oportunidade de analisar profundamente.

Essas são as mãos que aumentaram, em jeitos desmedidos, os preços dos combustíveis, sem qualquer consideração por aqueles a quem a vida já lhe pesa quanto baste.

Essas são as mãos que deixam impune aqueles que atentam contra a lei e ordem pública para deixar desprotegidos aqueles que do suor do seu rosto procuram ser o garante da paz e da ordem social.

Essas são as mãos solidárias com outros povos e esquecem a miséria que vai cá dentro, que publicitam a imagem de um país de “rosas artificiais” porque as naturais já murcharam.

Distribui-se dinheiro por tudo quanto é lado, por Timor, Moçambique, Bósnia, Kosovo, etc., para se deixar à mingua os hospitais que carecem de recursos financeiros para ter em pleno funcionamento as máquinas para fazer os exames aos doentes, e para suportar os custos com o tratamento dos mesmos.

E, como o dinheiro não dá para tudo, eliminaram o subsídio atribuído pelo Estado para bonificação das taxas de juro à habitação, depois de terem alimentado as legítimas expectativas dos que se aventuraram na compra de casa própria. Primeiro deram com uma mão, para depois tirar com as duas!

Para além de tal acto constituir uma irresponsabilidade, colocando em risco a sobrevivência de inúmeros jovens a começar a vida, vão induzir uma quebra na procura de habitação, dado que o juro é mais caro, lançando o sector da construção própria para venda numa crise desnecessária, numa altura em que o crescimento económico sofre um ligeiro arrefecimento em virtude da diminuição do consumo resultante do aumento dos combustíveis.

Essas são as mãos que tiram o rendimento de quem trabalha par dar o rendimento mínimo àqueles que pouco ou nada gostam de trabalhar. Em vez de criarem postos de trabalho e incentivarem o homem à auto-realização pessoal, preferem deixá-lo ao abandono da insatisfação e incutir-lhes a sensação que são uns “coitadinhos” de malfadada sina e, que nessas mãos, podem sentir o descontentamento de jamais poderem ter aquilo a que lhes é de direito – acesso ao trabalho e, com isso, garantirem o seu futuro e dos seus filhos como os demais concidadãos.

Essas são as mãos das paixões “Guterrinas” que acabam por morrer antes mesmos de nascerem.

Quem não se lembra da paixão da educação? Paixão esta que conseguiu remeter Portugal para os últimos lugares da Europa em matéria educativa, conforme o comprovam as estatísticas oficiais da Comunidade.

Na última campanha eleitoral, o actual Primeiro Ministro “apaixonou-se” novamente. Desta feita pela da saúde?. Em tão pouco tempo já a esqueceu e, como se isso não bastasse, mostra-se vislumbrado pela tecnologia do futuro e pela Internet. Nela encontra a solução de todos os problemas.

Ora, se grande parte das pessoas ainda não teve a possibilidade de aprender a interpretar aquilo que lê, como é possível pedir a essas mesmas pessoas que utilizem a Internet, se, sequer, sabem ligar um computador.

Não estará o Sr. Primeiro Ministro a esquecer que na vida tudo tem o seu caminho, não sendo possível chegar ao fim sem, antes, começar pelo princípio?

Assim vão os tempos. De paixão em paixão se vai “curtindo” a vida. Afinal,  a vida é “um mar de rosas”. Não é?!.

Terão os Portugueses em geral que suportar os custos de uma incapacidade crónica para a governação?

Muitos, e talvez com razão, legitimamente poderão pensar que não se vislumbra no seio dos partidos da oposição uma alternativa credível para o actual estado de coisas.

Sucede, porém, que será difícil acreditar que um qualquer outro Governo possa ser tão ineficaz.

Reservo-me ao direito de pensar que as formas de governação são, necessariamente diferentes e, por conseguinte, urge mudar de rumo e escolher um Governo que, no mínimo, assuma o exercício da governação do país.

Se assim não for, não é descabido perguntarmos: para onde vamos ... e para onde queremos ir?.

A continuar assim, não vamos a lado nenhum.

João Miguel Almeida

http://www.members.tripod.com/joaoalmeidait

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